quarta-feira, 12 de agosto de 2009

I won´t follow!!

Estou devendo um post nesse blog. Tema pensei em vários. O negócio era colocar a idéia no papel. No papel, por que não consigo escrever direto no computador. Eu sei que é mais rápido, mas o texto não fica do jeito que gosto. Além do mais, eu gosto do ato físico de escrever no papel e do barulhinho que o grafite faz nele quando coloco em prática minhas idéias.

Decidi escrever sobre o Twitter depois que observei o interesse da mídia sobre esta ferramenta e o crescimento absurdo de usuários no Brasil (não postarei estatísticas aqui, quem quiser, procure no Google). A gota d água foi no dia da inscrição de matérias da faculdade. Samantha Quadrat, vice coordenadora do curso de história na UFF manda: “Agora estamos no Twitter”. Pensei: já chega! Na hora, rebati dizendo que me recuso a usar uma ferramenta que me limita a 140 caracteres. E explico os motivos para isso aqui.

A nova modinha da internet é o Twitter. Não me estenderei em explicações sobre ele. Para quem não sabe, trata-se de um micro blog, onde os usuários colocam informações em até 140 caracteres e são seguidos por outros usuários. Eu me pergunto: qual é a real utilidade dessa ferramenta?

Os defensores da modinha dirão: “Ora, mas eu uso o Twitter para divulgar as novidades do meu blog.” Eu digo, e daí? Quem acompanhava um blog fielmente já fazia isso sem o uso da ferramenta. E continuará seguindo. Seguindo porque gosta, porque é interessante, porque tem algo de relevante a dizer. E o blog, quando é interessante, é divulgado via boca a boca, oras! Pra quê o Twitter?

Ok, lá na Moldávia, pessoas se agregaram a um protesto político por causa da divulgação via Twitter. Mas as pessoas já se juntavam a protestos imensos antes dele. De alguma forma, informações circulam. Foi interessante o uso da ferramenta? Foi, concordo. Mas as pessoas foram com uma motivação política e não por causa do Twitter.

Na minha sincera opinião, é inútil. Se sumisse, não faria falta nenhuma. Já temos meios suficientes de divulgação de informação e circulação de idéias. Além disso, considero 140 caracteres um limite a criatividade humana. É informação jogada ao vento e pior, sem nenhuma reflexão sobre ela.

O Twitter é só mais um sintoma destes tempos corridos pós modernos onde vivemos. É informação puramente descartável. Já pararam para perceber que vivemos numa correria louca e não paramos para pensar? Ora, pensar é coisa do passado, reflexão é algo fora de moda. Viva a velocidade, viva a informação rápida. Acabou? Passamos para o próximo ponto. Não, eu me recuso a viver dessa maneira! Não me interessa ter uma conta, tenho coisas mais importantes a fazer do que ficar divulgando o que fiz da minha vida em 140 caracteres.

Ah! Quando falei que me recusava a usar Twitter, Samantha me respondeu que Umberto Eco também era contra. Opa! Pelo menos não sou uma única voz sozinha bradando contra a velocidade sem sentido.

Acharão este post no Google. E eu estou pronta para as críticas.